27.2.13

.A acácia espera, desesperada…

 


Desesperada, a acácia ergue os dedos frios para o céu.

Impacienta-se quando alguma ave de passagem a usa como poleiro…

Inveja as folhagens perenes do pinheiro e do mióporo que a ladeiam.

O ressentimento que a consome é tão intenso que não consegue fruir, antecipadamente, o milagre que a primavera não tardará a trazer-lhe: um manto de folhas tenras bordado a flores de ouro!

 

António Pereira

2 comentários:

  1. Olá Prof. António Pereira!

    Belas imagens e poesias profundas... compartilhei a Acácia no Facebook e já estou seguindo o Blog. Somos parceiros no Educadores Multiplicadores.

    Abs.
    Maria Odete A Pinho
    www.ajoambiental.com
    (acesse o Blog pelo site)

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  2. Olá, Odete!
    Agradecido pela simpatia do comentário, retribuo o abraço ;)
    AP

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